Línguas Originárias

Estima-se que no ano de 1500 falavam-se mais de mil línguas diferentes no território que veio a ser denominado Brasil. Devido à política linguística do Estado português, e em seguida do brasileiro, de reduzir o número de línguas por meio do deslocamento linguístico, isto é, de sua substituição pela língua portuguesa, a maior parte dessas línguas desapareceu ou está em declínio no seu uso.

Segundo o Instituto Socio-Ambiental, apenas 25 povos têm mais de cinco mil falantes de línguas indígenas: Apurinã, Ashaninka, Baniwa, Baré, Chiquitano, Guajajara, Guarani( Ñandeva, Kaiowá, Mbya), Galibi do Oiapoque, Ingarikó, Huni Kuin, Kubeo, Kulina, Kaingang, Mebêngôkre, Macuxi, Munduruku, Sateré Mawé, Taurepang, Terena, Ticuna, Timbira, Tukano, Wapichana, Xavante, Yanomami, e Ye’kwana. Em contrapartida, cerca de 110 línguas contam com menos de 400 falantes. Há também uma língua de sinais indígena, a língua de sinais kaapor.

A Constituição de 1988 (arts. 210 e 231) reconhece aos índios o direito às suas línguas, fato que foi regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Desde 2003, na localidade amazonense de São Gabriel da Cachoeira, têm status de língua oficial, ao lado do português, o nheengatu, o tukano e o baniwa.

*Adaptado dos sites da Wikipedia e do Instituto Socio Ambiental em junho de 2021.

SIL (2004)

Curt Nimuendaju

Mapa etno-histórico da América do Sul elaborado por Curt Nimuendaju (1883-1945) e publicado pela Fundação Nacional Pró-Memória do IBGE em 1981.

O mapa é disponibilizado aqui https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv14278_mapa.pdf

Livros que acompanham o mapa https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=214278

IBGE – Populações Indígenas

IBGE produziu uma mapa da distribuição espacial da população indígena brasileira.

https://indigenas.ibge.gov.br/mapas-indigenas-2.html

A versão PDF do mapa é disponibilizada aqui https://indigenas.ibge.gov.br/images/pdf/indigenas/verso_mapa_web.pdf

Línguas da América do Sul

Mapa das línguas faladas na América do Sul que foi elaborado pelo linguista alemão Jost Gippert e encontra-se publicado online pela Universidade de Frankfurt.

http://titus.uni-frankfurt.de/didact/karten/amer/samerim.htm

Socioambiental

Mapa elaborado pelo Instituto Socioambiental indicando as terras indígenas no Brasil. O mapa está ao final da página.

https://terrasindigenas.org.br/pt-br/

Associação Nacional de Ação Indigenista: ANAÍ

É uma organização não governamental brasileira dedicada ao estudo dos povos indígenas do Brasil e à promoção dos seus interesses.

https://www.facebook.com/profile.php?id=100008335984343

Conselho Indigenista Missionário: CIMI

É um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que apoia e atua junto aos povos indígenas. Apresenta importante documentação histórica e publicações diversas.

https://cimi.org.br/

Etnolinguística: Biblioteca Digital Curt Nimuendajú

http://www.etnolinguistica.org/

Compreende o enorme acervo da Biblioteca Digital Curt Nimuendajú de línguas e culturas indígenas sul-americanas. Procure pelo nome da língua e as referências bibliográficas relevantes são listadas.

Instituto de Pesquisa e Formação Indígena: Iepé

Organização das comunidades indígenas em território brasileiro localizadas no Planalto das Guianas.

https://institutoiepe.org.br/

Instituto Raoni

Organização das comunidades Mẽbêngôkre (ou Kayapó), Trumai, Tapayuna e Panará. Defende os interesses das comunidades fortalecendo suas capacidades para a proteção de seus direitos, territórios e recursos naturais, assim como na promoção de sua autonomia e sua cultura tradicional.

https://institutoraoni.org.br

Instituto Socioambiental (ISA)

O ISA é uma organização da sociedade civil brasileira fundada em 1994, para propor soluções de forma integrada a questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos. Desde 2001, o ISA é uma Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

https://www.socioambiental.org/pt-br

LALI – Laboratório de Línguas Indígenas da UFT

Laboratório fundado em 2005 no Campus Universitário de Araguaína, em Tocantins. 

http://www.uft.edu.br/lali/

Laboratório de Estudos do Discurso, Imagem e Som: LABEDI

O Labedi tem vínculo institucional com o Museu Nacional (ver link abaixo na página). O Fundo Documental Curt Nimuendajú é parte importante do acervo.

http://www.labedis.mn.ufrj.br/

Museu do Índio: Projeto de documentação de línguas indígenas.

Apresenta pesquisas em diversas línguas dos povos originários do Brasil.

http://prodoclin.museudoindio.gov.br/

Museu Nacional

O Setor de Linguística do Museu Nacional é um polo importante de estudo, documentação e acervo de línguas faladas pelos povos originários do Brasil.

http://www.museunacional.ufrj.br/linguistica/

Museu Paraense Emílio Goeldi.

Apresenta pesquisas em diversas línguas faladas pelos povos originários do Brasil.

https://www.museu-goeldi.br/ 

Onde estudar?

Cursos de Tupi Antigo e língua geral (Nheengatu)

Curso Tupi Antigo e língua geral (Nheengatu) oferecido pela Universidade de São Paulo (USP). É apresentada extensa bibliografia, vocabulários e exercícios.

http://tupi.fflch.usp.br/

Leituras sugeridas

Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas

O autor Aryon D’Allgna Rodrigues publicou o livro em 1994 pela Editora Loyola. Edição esgotada. 94 páginas.

Línguas dos Povos Originários do Brasil

https://pib.socioambiental.org/pt/L%C3%ADnguas

Apresenta informações gerais sobre as línguas indígenas do Brasil, considera Troncos e Famílias linguísticas, compara algumas palavras em diversas línguas e avalia o multilinguismo e considera as Línguas Gerais.

O trabalho dos linguistas

https://pib.socioambiental.org/pt/O_trabalho_dos_linguistas

Este site apresenta informações sobre o trabalho realizado por linguistas para descrever e analisar as línguas originárias do Brasil. Lista as línguas originárias faladas na América do Sul. Sobre a situação no Brasil discute os primeiros dados obtidos, a evangelização e pesquisa e finalmente a escola e a preservação linguistica.

Escola, escrita e valorização das línguas

https://pib.socioambiental.org/pt/Escola,_escrita_e_valoriza%C3%A7%C3%A3o_das_l%C3%ADnguas

Avalia o ensino formal através de escolas tanto na língua portuguesa quanto nas línguas específicas de cada comunidade. Considera a relevância do registro escrito de línguas originalmente ágrafas.

Estudos linguísticos sobre línguas indígenas brasileiras

http://www.revel.inf.br/files/artigos/revel_especial_3_apresentacao.pdf

Neste artigo o autor Wilson de Lima e Silva faz a apresentação do número especial da ReVEL, n. 3, 2009 ..> http://www.revel.inf.br/pt/edicoes/?id=16  

Línguas indígenas e diversidade linguística no Brasil

Paulo Henrique de Felipe e Wilmar da Rocha D’Angelis.

www.roseta.org.br/pt/2019/02/21/linguas-indigenas-e-diversidade-linguistica-no-brasil/

Os autores indicam o mito do monolinguismo no Brasil. Eles apontam para o multilinguismo e o quanto a compreensão do maior número de línguas pode contribuir para o avanço da ciência.

Línguas silenciadas, novas línguas

https://pib.socioambiental.org/pt/L%C3%ADnguas_silenciadas,_novas_l%C3%ADnguas

Bruna Franchetto. Texto publicado originalmente no livro Povos Indígenas no Brasil (2015). Considera os desafios para documentar as línguas faladas pelos povos originários do Brasil. Avalia a natureza dinâmica das línguas e a diversidade linguística.